quinta-feira, 14 de agosto de 2008

criança é sinceramente tudo de bom!




SONHOS:ACALENTADOS,ESCONDIDOS,GUARDADOS PARA SEREM SEMPRE REALIZADOS!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A PAZ VEM ME PERSEGUINDO!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

FALOU POUCO MAS BEM...



Orquídeas tem um significado todo especial em minha vida!
Por isso aproveito este espaço para repartir esta LINDEZA
da natureza! bjs carinhosos lu



Exposição "Mario Quintana Cem Anos",Centro Cultural Santander, Porto Alegre,setembro 2006
Mario de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
Índice[esconder]

[editar] Biografia
Era filho de Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia de Miranda Quintana. Fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou na Editora Globo, quando esta ainda era uma instituição eminentemente gaúcha, e depois na farmácia paterna.
Considerado o poeta das coisas simples e com um estilo marcado pela ironia, profundidade e perfeição técnica, trabalhou como jornalista quase que a sua vida toda. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em busca do tempo perdido de Marcel Proust, Mrs. Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e sangue, de Giovanni Papini.
Em 1953 trabalhou no jornal Correio do Povo (Porto Alegre). Trabalhava como colunista da página de cultura, que saía no dia de sábado, e em 1977 saiu do jornal.
Em 1940 lançou o seu primeiro livro de poesias, A rua dos cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966 foi publicada a sua Antologia poética, com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus 60 anos, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra.
Viveu grande parte da vida em hotéis, sendo o último deles o Hotel Majestic, no centro velho de Porto Alegre, que foi tombado e transformado em centro cultural e batizado como Casa de Cultura Mario Quintana, em sua homenagem, ainda em vida. Em seus últimos anos de vida, era comumente visto caminhando nas redondezas.
Segundo o próprio poeta, em entrevista a Edla van Steen em 1979, seu nome foi registrado sem acento. Assim ele o usou por toda a vida.
Em 2006, no centenário de seu nascimento, várias comemorações foram realizadas no estado do Rio Grande do Sul em sua homenagem.

[editar] Mario Quintana e a ABL
Mario Quintana tentou três vezes vaga à Academia Brasileira de Letras, mas em nenhuma das ocasiões foi eleito; as razões eleitorais da instituição não lhe permitiram alcançar os vinte votos necessários para ter direito a uma cadeira. Ao ser convidado a candidatar-se uma quarta vez, e mesmo com a promessa de unanimidade em torno de seu nome, o poeta recusou[1]. Ao contrário do que muitos pensam, o "Poeminho do Contra" não foi escrito sobre a recusa da Academia, embora tenha sido bastante citado na ocasião:
Todos esses que aí estão / Atravancando meu caminho / Eles passarão... / Eu passarinho!
Dizia poeta sobre a ABL, que recusou-lhe vaga:
Só atrapalha a criatividade. O camarada lá vive sob pressões para dar voto, discurso para celebridades. É pena que a casa fundada por Machado de Assis esteja hoje tão politizada. Só dá ministro.
Luis Fernando Veríssimo, sobre a recusa da ABL:
Se Mario Quintana estivesse na ABL, não mudaria sua vida ou sua obra. Mas não estando lá, é um prejuízo para a própria Academia.
Cícero Sandroni:
Não ter sido um dos imortais da Academia Brasileira de Letras é algo que até mesmo revolta a maioria dos fãs do grande escritor, a meu ver, títulos são apenas títulos, e acredito que o maior de todos os reconhecimentos ele recebeu: o carinho e o amor do povo brasileiro por sua poesia e pelo grande poeta e ser humano que ele foi...

[editar] Obras

Monumento a Carlos Drummond de Andrade e Mario Quintana, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre
Obra poética
A Rua dos Cataventos - Porto Alegre, Editora do Globo, 1940
Canções - Porto Alegre, Editora do Globo, 1946
Sapato florido - Porto Alegre, Editora do Globo, 1948
O aprendiz de feiticeiro - Porto Alegre, Editora Fronteira, 1950
Espelho mágico - Porto Alegre, Editora do Globo, 1951
Inéditos e esparsos - Alegrete, Cadernos do Extremo Sul, 1953
Poesias - Porto Alegre, Editora do Globo, 1962
Caderno H - Porto Alegre, Editora do Globo, 1973
Apontamentos de história sobrenatural - Porto Alegre, Editora do Globo / Instituto Estadual do Livro, 1976
Quintanares- Porto Alegre, Editora do Globo, 1976
A vaca e o hipogrifo - Porto Alegre, Garatuja, 1977
Esconderijos do tempo - Porto Alegre, L&PM, 1980
Baú de espantos - Porto Alegre - Editora do Globo, 1986
Preparativos de viagem - Rio de Janeiro - Editora Globo, 1987
Da preguiça como método de trabalho - Rio de Janeiro, Editora Globo, 1987
Porta giratória - São Paulo, Editora Globo, 1988
A cor do invisível - São Paulo, Editora Globo, 1989
Velório sem defunto - Porto Alegre, Mercado Aberto, 1990
Água - Porto Alegre, Artes e Ofícios, 2001
Livros infantis
O batalhão das letras - Porto Alegre, Editora do Globo, 1948
Pé de pilão - Petrópolis, Editora Vozes, 1968
Lili inventa o mundo - Porto Alegre, Mercado Aberto, 1983
Nariz de vidro - São Paulo, Editora Moderna, 1984
O sapo amarelo - Porto Alegre, Mercado Aberto, 1984
Sapato furado - São Paulo, FTD Editora, 1994
Antologias
Antologia poética - Rio de Janeiro, Ed. do Autor, 1966
Prosa & verso - Porto Alegre, Editora do Globo, 1978
Chew me up Slowly (Caderno H) - Porto Alegre, Editora do Globo / Riocell, 1978
Na volta da esquina - Porto Alegre, L&PM, 1979
Objetos perdidos y otros poemas - Buenos Aires, Calicanto, 1979
Nova antologia poética - Rio de Janeiro, Codecri, 1981
Literatura comentada - Editora Abril, Seleção e Organização Regina Zilberman, 1982
Os melhores poemas de Mário Quintana (seleção e introdução de Fausto Cunha)- São Paulo, Editora Global, 1983
Primavera cruza o rio - Porto Alegre, Editora do Globo, 1985
80 anos de poesia - São Paulo, Editora Globo, 1986
Trinta poemas - Porto Alegre, Coordenação do Livro e Literatura da SMC, 1990
Ora bolas - Porto Alegre, Artes e Ofícios, 1994
Antologia poética - Porto Alegre, L&PM, 1997
Mario Quintana, poesia completa - Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 2005
Traduções
Dentre os diversos livros que traduziu para a Livraria do Globo (Porto Alegre) estão alguns volumes do Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust (talvez seu trabalho de tradução mais reconhecido até hoje), Honoré de Balzac, Voltaire, Virginia Woolf, Graham Greene, Giovanni Papini e Charles Morgan. Além disso, estima-se que Quintana tenha traduzido um sem-número de histórias românticas e contos policiais, sem receber créditos por isso - uma prática comum à época em que atuou na Globo, de 1934 a 1955.

[editar] Mario Quintana por ele mesmo
Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas… Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.
Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu… Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Verissimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.

[editar] Homenagens
O poeta Manuel Bandeira dedicou-lhe um poema, onde se lê:
Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.
Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!
O pajador Jayme Caetano Braun, dedicou ao poeta a Payada a Mario Quintana, segue abaixo um trecho da poesia:
Entre os bem-aventurados
Dos quais fala o evangelho,
Eu vejo no mundo velho
Os poetas predestinados,
Eles que foram tocados
Pela graça soberana,
Mas a verdade pampeana
Desta minh’alma irrequieta,
É que poeta nasce poeta
E poeta é o Mario Quintana!

O CÉU É NOSSO LIMITE!